segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nome:Alexandro Guerra da Silva         8 : D       N =1
C o m u n i c a ç ã o   &   S a ú d e :   i n t e r f a ce s   e   d i á l o g o s   p o s s í v e i s

Se bem a partir da década de 20 percebem-se, no Brasil, as vantagens da propaganda e
da educação sanitária - das quais Getúlio Vargas saberia tirar partido - não será senão até a
década de 60 que a aliança entre a Comunicação e a Saúde será  planejada, executada e
avaliada seriamente. Até essa época, o Brasil, política e intelectualmente influenciado pela
intelligentzia norte-americana, era um país basicamente agrário e só a partir da Revolução de
1930 o país recebe estímulos para o crescimento industrial que iria estimular a produção de
bens e formar uma ‘massa’ de consumidores/receptores. Em 1920 o prestigioso sanitarista
Carlos Chagas criava o Departamento Nacional de Saúde Pública com o intuito de associar
técnicas de propaganda à educação sanitária, de acordo com as premissas propostas por
Harold Lasswell para o estudo da comunicação
ii
(RODRIGUES TEXEIRA, 1997).  Antes
disso, não se pode afirmar que tenha existido alguma percepção de qualquer vínculo entre o
setor médico-sanitário e estratégias e/ou meios de comunicação.
Após a revolução de 1930 Getúlio Vargas soube se utilizar do rádio na construção da
sua imagem pública e na construção da própria idéia do Brasil como nação. Controlando de
perto os meios, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) cassava concessões de
emissoras de rádio, fechava jornais, censurava todo conteúdo. Mas Vargas não só se ocupava
do conteúdo dos meios, como teve ainda consciência do papel que esses aparelhos poderiam
jogar associados a outras áreas do Estado.


Nascimento   e   Limites   da   Comunicação    para a saude


Estabelecer relações entre o plano de desenvolvimento nacional e o de saúde é um dos
princípios deste período, e para isso, a comunicação social será vista como um instrumento de
grande utilidade. A obra de Wilbur Schramm, Mass Media and National Development passa a
ser um claro exemplo de enfoque desenvolvimentista e instrumental de comunicação utilizado
na América Latina. Editado em 1954 e traduzido em 1964 para o espanhol, esse texto apoiará
o investimento da Mass Communication Research em apoio ao aparato estatal e empresarial
americano em prol da legitimação progressiva do credo liberal e anti-comunista junto aos
países subdesenvolvidos.

Estabelecer relações entre o plano de desenvolvimento nacional e o de saúde é um dos
princípios deste período, e para isso, a comunicação social será vista como um instrumento de
grande utilidade. A obra de Wilbur Schramm, Mass Media and National Development passa a
ser um claro exemplo de enfoque desenvolvimentista e instrumental de comunicação utilizado
na América Latina. Editado em 1954 e traduzido em 1964 para o espanhol, esse texto apoiará
o investimento da Mass Communication Research em apoio ao aparato estatal e empresarial
americano em prol da legitimação progressiva do credo liberal e anti-comunista junto aos
países subdesenvolvidos.

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