segunda-feira, 30 de maio de 2011

8ªF - Produção Industrial - Carros - 1964 (Grupo A - Thainá Paz)


Governo vigente (Presidente da República) - Castelo Branco

Quem era responsável por estas questões era a Comissão de Desenvolvimento Industrial criada por Getúlio Vargas e o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA)

 Desde os anos 20, a importação de automóveis era uma rotina bastante conhecida. Algumas empresas passaram a ter montagens de seus carros no Brasil. Em 1946, a montagem dos carros importados voltou a rotina, mas a necessidade de improvisar peças de reposição durante a guerra, fez surgir algumas autopeças, que encorajaram aqueles que já queriam desenvolver um automóvel nacional.

  Em meados da década de 60, algumas das principais montadoras brasileiras aproveitando os incentivos fiscais oferecidos pelo governo dentro de um programa que visava incrementar as vendas no setor automobilístico, do qual estava parada e lotava os pátios das fábricas com veículos novos, mas sem compradores, lançaram modelos populares que foram vendidos a preços bem menores aos dos modelos tradicionais e financiados em até 4 anos pela Caixa Econômica Federal a juros convidativos, e adotando também a isenção (desobrigação) progressiva do percentual do antigo Imposto de Consumo (atual IPI), aplicado ao valor das prestações. A idéia visava, além de aumentar as vendas, possibilitar o acesso a veículos novos para compradores de baixa renda, taxistas e também para o uso pela população rural do país.

 Quatro das principais montadoras da época, sem perder tempo e fizeram de tudo para diminuir os preços, colocando no mercado, pouco depois, seus modelos populares que nada mais eram do que os modelos tradicionais, despidos de todo e qualquer item supérfluo (desnecessário), ou seja, o carro era o mais simples possível, literalmente. A mecânica padrão não foi alterada em nenhum modelo.

 - Vários modelos tinham todos os acessórios pintados, sem nada cromado, não possuíam indicador de nível de combustível, espaço para instalação de rádio, luz interna, carpete, sinaleiras dianteiras, esguicho lavador de pára-brisa, pára-sóis, sistema de aquecimento interno, calotas, cinzeiro, tampa do porta-luvas, sinaleiras, trava de direção, os bancos eram forrados com material plástico, os pára-choques eram de lâminas simples de aço estampado, sem as garras, e pintados, o tapete de borracha era duro, sem emendas. Alguns com a forração das portas e teto em aglomerado de papelão.

 A idéia dos automóveis populares naquela época parecia que tinha tudo para dar certo, devido ao baixo preço em comparação a outros, no entanto a procura foi muito abaixo do que esperado, abaixo das mínimas de venda, talvez devido ao nível de conforto que era bem menor do que os compradores já estavam acostumados. Alguns desses modelos logo pararam de ser produzidos.

Volkswagen Pé-de-Boi 1966:















DKW Vemag Pracinha:

Willys Teimoso:























1964-


 Em 1964 aconteceu o renascimento de um dos carros mais belos já feitos no Brasil, por sinal, criado por um estilista italiano: Fissore. Este carro se antecipou ao que seria a linha dominante cerca de cinco anos depois. Ironicamente, nessa época o Vemag-Fissore já havia deixado de ser produzido, em razão da sua fábrica ter sido absorvida pela VW. O motor era fraco, mas sua potência havia aumentado.

 Na década de 60 também aconteceu também a produção de carros esportivos de competição. Veículos fora-de-série, carros esportivos e especiais, artesanalmente produzidos.

 Curiosidade - Na visão de alguns, o Brasil nunca seria um país industrial, devido ao fato de que os países subdesenvolvidos apenas forneciam matéria-prima e, os desenvolvidos cuidando de fornecer produtos industrializados.

 Por Thainá Paz.



















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