domingo, 15 de maio de 2011

8ª B - Estação de Trem Antônio João


Estação de Trem Antônio João da CPTM - Linha 8 Diamante



            A ESTAÇÃO: A estação de Antônio João foi inaugurada em 1941. O nome homenageia o patrono dos oficiais que fizeram carreira desde soldado do quadro auxiliar de oficiais, o Tenente Antonio João da Silva, herói da Guerra do Paraguai. "Quando o exército criou a guarnição militar de Quitaúna no início do século passado (que era na ocasião a maior guarnição militar depois da Vila Militar no Rio de Janeiro, então capital federal), comprou uma fazenda ao sul da Sorocabana na atual Barueri. Então o Exército criou a Granja Militar, para abastecer aquela guarnição, com víveres perecíveis. A pedido dele, a Sorocabana criou, para atender a granja, a parada do km 25. (muito antes de existir o Arsenal de Guerra) A granja militar se chamava Antonio João. Fazem parte desta fazenda os terrenos e todas as guarnições militares lá existentes hoje" (Coaraci Camargo, 11/2007). O prédio (na verdade, coberturas sobre as duas plataformas) atual, aberto em 12/11/1982, atende aos trens urbanos da CPTM, e ao bairro de

            O trem de longo percurso - em 1995, eles ainda existiam - passa pela porteira que ficava ao lado da estação de Antonio João, á direita da foto. Essa porteira foi extinta por volta de 2005, com a construção de um viaduto sobre a linha. Os carros mostrados na foto são: da direita para a esquerda, um carro de primeira classe (Budd 800); um carro-restaurante (Budd 500) e na ponta, do lado esquerdo, um carro-dormitório (Budd 800), todos num trem da (saudosa?) Fepasa (Foto Carlos Roberto de Almeida, em 9 de dezembro de 1995).
Aldeia de Barueri. Fica à margem direita da rua Anhangüera, sendo uma das estações mais feiosas do trecho de subúrbio, não muito mais que uma (duas, uma de cada lado da linha) plataforma coberta. "Essa é uma de minhas estações preferidas, muitas foram as vezes que eu me deslocava até ela só para ver o PS que partia às 17 horas da Barra Funda passar rumo à Presidente Prudente, sempre ele passava no máximo a 45 km/h. Recentemente a estação passou por uma modernização e reforma, os muros foram aumentados em 1,20 m mas mesmo assim a evazão ainda é grande, vejo algumas pessoas escalando mais de 3 metros com a maior facilidade para economizar R$ 2,10 e os seguranças, para variar, fazem vista grossa. As plataformas receberam assentos dos carros reboque #2 dos TUE's Sorafame da série 5500, hoje eles rodam com 8 carros ao invés de 12 como tempos atrás, a CPTM alega que os carros reboque #2 ou B eram muito leves e por isso haviam constantes descarrilamentos na linha F, a idéia é muito interessante além de dar alegria para a velha estação. Ela consegue abrigar simultaneamente 24 carros do TUE Francorail - MTE, 12 por plataforma" (Ricardo Koracsony, 10/2005). A passagem de nível que existia ao lado da estação (ver foto acima) foi extinta em 2006, quando ficou pronto o viaduto sobre a linha, construído para evitar acidentes, como o de um ônibus que se chocou contra o trem, em 23 de novembro de 2000. (Fontes: Charles F. Camara, 2008; Ricardo Koracsony, 2005; Coaraci Camargo, 11/2007; relatórios oficiais da E. F. Sorocabana)

            HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.

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