Industrialização
brasileira
A estrutura industrial
brasileira
Para
entendermos como o Brasil chegou a seu atual estágio industrial e conjuntura
econômica, temos de conhecer um pouco do contexto histórico do processo de
industrialização do país.
Em
1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumo eram
responsáveis por 70% da produção industrial brasileira. Em 1939, no início da
segunda guerra mundial, essa porcentagem havia se reduzido para 58% por causa
do aumento da participação de outros produtos, como aço, máquinas e material
elétrico, mas a industrialização brasileira ainda contava, predominantemente,
com a instalação de indústrias de bens de consumo não-duráveis e investimentos
de capital privado nacional.
Distribuição espacial da indústria
brasileira
Embora
desde o início do século xx o eixo são paulo- rio de janeiro fosse responsável
por mais de metade do valor da produção industrial brasileira, até a década de
1930 a organização espacial das atividades econômicas era dispersa. As atividades
econômicas regionais progrediam de forma quase totalmente autônoma. A região
sudeste, onde se desenvolvia o ciclo do café, quase não interferia ou sofria
interferência das atividades econômicas que se desenvolviam no nordeste (cana,
tabaco, cacau e algodão) ou no sul (carne, indústria têxtil e pequenas
agroindústrias de origem familiar). As indústrias de bens de consumo, as
maiorias ligadas aos setores alimentícios e têxteis escoavam a maior parte da
sua produção apenas em escala regional. Somente um pequeno volume era destinado
a outras regiões, não havendo significativa competição entre as indústrias
instaladas nas diferentes regiões do país, consideradas até então arquipélagos
econômicos regionais.
com a crise do café e o início da industrialização,
comandada pelo sudeste, esse quadro se alterou. A oligarquia agrária do setor
cafeeiro deslocou investimentos para o setor industrial, implantando,
principalmente em São Paulo, fábricas modernas para os padrões da época. O
governo federal, presidido por Getúlio Vargas, promoveu a instalação de um
sistema de transportes integrando os arquipélagos econômicos regionais. Houve
uma invasão de produtos industriais do sudeste nas demais regiões do país, o
que levou muitas indústrias, principalmente nordestinas, à falência. Assim,
com a crise do café, iniciou-se o processo de integração dos mercados
regionais, comandado pelo centro econômico mais dinâmico do país, o Eixo São Paulo
- Rio De Janeiro.
além de terem se iniciado com mais força no
sudeste, as atividades industriais tenderam a concentrar-se nessa região por
causa de dois fatores básicos: a
complementaridade industrial as indústrias de autopeças tendem a se
localizar próximo às automobilísticas, as petroquímicas, próximo às refinarias
etc. - e a concentração de investimentos públicos no setor de infra-estrutura
industrial - pressionados pelos detentores do poder econômico, os governantes
costumam atender às suas reivindicações. O governo gastaria menos concentrando
investimentos em determinada região em vez de espalhá-los pelo território
nacional, sobretudo no início do processo de industrialização, quando os
recursos eram mais escassos.
Essa
concentração das atividades econômicas perdurou até o final da década de 1970 e
início da seguinte, quando começaram a ser inauguradas as primeiras usinas
hidrelétricas nas regiões norte e nordeste - Tucuruí, No Rio Tocantins;
Sobradinho, no Rio São Francisco; boa esperança, no Rio Parnaíba. Quando o
governo passou a atender ao menos parte das necessidades de infra-estrutura das
regiões historicamente marginalizadas, começou a haver um processo de dispersão
do parque industrial pelo território, não apenas em escala nacional, mas
regional.
Além
da alocação de infra-estrutura, ao longo da década de 1990, as indústrias
passaram a se dispersar em busca de mão-de-obra barata e politicamente
desorganizada, provocando a intensificação da guerra fiscal entre estados e
municípios que reduzem impostos e oferecem outras vantagens, como doação de
terrenos, para atrair as empresas.
O outro foi
marcado pela revolução de 1930, com Getúlio Vargas,
que operou uma mudança decisiva no plano da política interna, afastando do
poder do estado oligarquias tradicionais que representavam os interesses agrário-comerciais.
Getúlio Vargas adotou uma política industrializante, a substituição de
mão-de-obra imigrante pela nacional. Essa mão-de-obra era formada no rio de
janeiro e São Paulo em
função do êxodo rural (decadência cafeeira) e movimentos migratórios de
nordestinos.
Vargas investiu forte na criação da infra-estrutura industrial: indústria de base e energia. Destacando-se a criação de:
Vargas investiu forte na criação da infra-estrutura industrial: indústria de base e energia. Destacando-se a criação de:
Foram fatores
que contribuíram para o desenvolvimento industrial a partir de 1930:
O grande êxodo rural, devido a crise do café, com o
aumento da população urbana que foi constituir um mercado consumidor.
A redução das importações em função da crise
mundial e da 2ª guerra mundial, que favoreceu o desenvolvimento industrial,
livre de concorrência estrangeira.
esse desenvolvimento ocorreu principalmente em São
Paulo, Rio De Janeiro, Minas Gerais E
Rio Grande Do Sul, definindo a grande
concentração espacial da indústria, que permanece até hoje.
Uma característica das indústrias que foram criadas desde a 1ª guerra mundial é que muitas delas fazem apenas a montagem de peças produzidas e importadas do exterior. São subsidiárias das matrizes estrangeiras.
No início da 2ª guerra mundial o crescimento diminuiu porque o Brasil não conseguia importar os equipamentos e máquinas que precisava. Isso ressalta a importância de possuir uma indústria de bens de capital.
Apesar disso as nossas exportações continuaram a se manter acarretando um acúmulo de divisas. A matéria-prima nacional substituiu a importada.
Ao final da guerra já existiam indústrias com capital e tecnologia nacionais, como a indústria de autopeças.
Uma característica das indústrias que foram criadas desde a 1ª guerra mundial é que muitas delas fazem apenas a montagem de peças produzidas e importadas do exterior. São subsidiárias das matrizes estrangeiras.
No início da 2ª guerra mundial o crescimento diminuiu porque o Brasil não conseguia importar os equipamentos e máquinas que precisava. Isso ressalta a importância de possuir uma indústria de bens de capital.
Apesar disso as nossas exportações continuaram a se manter acarretando um acúmulo de divisas. A matéria-prima nacional substituiu a importada.
Ao final da guerra já existiam indústrias com capital e tecnologia nacionais, como a indústria de autopeças.
a revolução de 1930 foi um divisor de águas no
processo brasileiro de industrialização. Com Getúlio Vargas na presidência da
república tem início o reconhecimento de uma realidade industrial, traduzida na
criação do ministério do trabalho, das leis sociais e de sindicalização.
Lindolfo Collor,
1.º ministro do trabalho visitando uma indústria
O presidente Getúlio
Vargas prestigiava as lideranças do setor industrial, como Euvaldo Lodi,
Roberto Simonsen E Américo Renê Giannetti, que colaboraram com o governo na
elaboração da legislação reguladora do trabalho, na montagem da estrutura
sindical e na definição da política econômica. Através da participação em
órgãos como o conselho federal de comércio exterior (1934) e o conselho
nacional de política industrial e comercial (1944), essas lideranças
participaram do planejamento econômico do país e, pela primeira vez, o
desenvolvimento industrial passou a ser considerado essencial à consolidação da
soberania nacional.
A industrialização no Brasil pode
ser dividida em quatro períodos principais: o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de
"Proibição"; o segundo período, de 1808 a 1930, chamado de
"Implantação"; o terceiro período, de 1930 a 1956, conhecido como fase
da Revolução Industrial Brasileira, e o quarto período, após 1956, chamado de fase da internacionalização
da economia brasileira.
Segunda fase (1850-1930)
Em 1850 é assinada a Lei
Eusébio de Queirós proibindo o tráfico intercontinental de escravos(embora
o tráfico interprovincial continuasse, destacando-se a transferência de
escravos da decadente economia nordestina para o Vale do Paraíba, que vivia a
ascensão da cafeicultura)e que trouxe duas conseqüências importantes para o
desenvolvimento industrial:
- Os capitais que eram aplicados na compra de escravos ficaram
disponíveis e foram aplicados no setor industrial.
- A cafeicultura que estava em pleno desenvolvimento necessitava de
mão-de-obra. Isso estimulou a entrada de um número considerável de
imigrantes, que trouxeram novas técnicas de produção de manufaturados e
foi a primeira mão-de-obra assalariada no Brasil. Assim constituíram um
mercado consumidor indispensável ao desenvolvimento industrial, bem como
força de trabalho especializada.
O setor que mais cresceu foi o
têxtil, favorecido em parte pelo crescimento da cultura do algodão em razão
da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, entre 1861 e 1865.
Na década de 1880 ocorreu o
primeiro surto industrial quando a quantidade de estabelecimentos passou de
200, em 1881, para 600, em 1889.
Esse primeiro momento de
crescimento industrial inaugurou o processo de substituição de importações.
Entre julho de 1914 e novembro 1918
ocorreu a Primeira Guerra Mundial e, a partir dai, vamos constatar
que os períodos de crise foram favoráveis ao nosso crescimento industrial. Isso
ocorreu também em 1929 com a Crise Econômica Mundial / Quebra da Bolsa de
Nova Iorque e, mais tarde, em 1939 com a 2ª Guerra Mundial, até 1945.
Nesses períodos a exportação
do café era prejudicada e havia dificuldade em se importar os bens
industrializados, estimulando dessa forma os investimentos e a produção
interna, basicamente indústria de bens de consumo.
Em 1907 foi realizado o 1° censo
industrial do Brasil, indicando a existência de pouco mais de 3.000 empresas. O
2° censo, em 1920, mostrava a existência de mais de 13.000 empresas,
caracterizando um novo grande crescimento industrial nesse período,
principalmente durante a 1ª Guerra Mundial quando surgiram quase 6.000
empresas.
Predominava a indústria de bens de
consumo que já abastecia boa parte do mercado interno.
O setor alimentício cresceu
bastante, principalmente exportação de carne, ultrapassando o setor têxtil. A
economia do país continuava, no entanto, dependente do setor agroexportador,
especialmente o café, que respondia por aproximadamente 70% das exportações
brasileiras...
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