sábado, 21 de maio de 2011

8ª C - MONITORAMENTO AMBIENTAL E BENS DE CONSUMO (1939)

MONITORAMENTO AMBIENTAL

Sal, água e energia elétrica: a indústria do cloro
     Enquanto a Cosipa estava começando a construir sua usina em Piaçagüera, uma nova indústria resolve se implantar em Cubatão: a Carbocloro S/A - Indústrias Químicas. Os primeiros passos da empresa devem-se a uma só pessoa: José Ignácio de Mesquita Sampaio. Desde 1939 envolvido com a indústria química, fundou, em 1949, a Química Industrial Medicinalis S/A. Esta empresa adquiriu um terreno numa cidade que a todos chamava a atenção naqueles anos cinqüenta: Cubatão, mais precisamente à margem esquerda do Rio Perequê, bem próximo à Alba.
     Uma das maiores tragédias de Cubatão, senão a maior, foi o incêndio de um oleoduto da Petrobrás que passava sob uma favela, Vila Socó, destruída pelas chamas com a morte de cerca de uma centena de pessoas, em 24/2/1984. Duas décadas após, o jornal santista A Tribuna lembrou o episódio, em matéria publicada no dia 22 de fevereiro de 2004: 
     Ocorrido na noite de 24 de fevereiro de 1984, por volta das 23h30, um sábado que antecedeu ao Carnaval, o incêndio da Vila Socó mudou a história de Cubatão: o duto de gasolina que atravessava a favela explodiu. Na madrugada do domingo, enquanto inocentes foliões se divertiam nos bailes pré-carnavalescos dos clubes da região, 99 pessoas morriam na Vila, segundo registros oficiais. 
     Ambientalistas e dirigentes da Sociedade de Melhoramentos da Vila São José promovem na próxima terça-feira, às 10 horas, no ponto onde o fogo começou, ato simbólico denominado "Cubatão tem memória", em homenagem aos mortos. 
     A tragédia voltou os olhos do planeta para Cubatão e colocou a nu outro problema: a poluição industrial que, desde a década de 70, deu à Cidade o apelido de "Vale da Morte".
     Impressionado com o incêndio, o então governador Franco Montoro mandou a Cetesb implantar um programa de redução dos poluentes que custou US$ 1 bilhão às indústrias e tornou Cubatão exemplo de controle ambiental.
     Vinte anos depois, políticos e organizações ambientais ainda não estão convencidos sobre quantas pessoas morreram, de fato, no incêndio que começou no duto enferrujado da Petrobrás, por onde vazaram 700 mil litros de gasolina, transformando o mangue num lençol onde boiava o líquido inflamavel.


BENS DE CONSUMO

A Química da Borracha 
     Na borracha natural, milhares de minúsculas moléculas de isopreno ligam-se para formar uma molécula gigante em forma de cadeia. Os químicos chamam essas moléculas em cadeia de polímeros, o que quer dizer muitas partes. As moléculas simples, como a de isopreno, são chamadas de monômeros.

     A estrutura particular do polímero da borracha em forma de cadeia explica por que esta substância é elástica. As moléculas do polímero de uma borracha não esticada permanecem dobradas sobre si mesmas, como molas irregulares. Ao esticar-se a borracha, as moléculas distendem-se. Ao soltar-se a borracha, a cadeia de moléculas volta à posição anterior. 



   O enxofre estabelece ligações cruzadas entre as cadeias da borracha, dando-lhe elasticidade. Na borracha não-vulcanizada, as cadeias podem mover-se. Por essa razão, essa borracha não tem elasticidade. Durante a vulcanização, obtida com a introdução de átomos de enxofre na cadeia do polímero natural, as linhas cruzadas ligam as cadeias entre si, de forma que elas não podem mais passar de um lugar para outro. Isso dá elasticidade e resistência ao produto vulcanizado. O número de ligações aumenta de acordo com a quantidade de enxofre adicionada ao composto. Com grandes quantidades, a borracha torna-se mais rija e menos elástica, até transformar-se em borracha dura.


Borracha Sintética

   Os materiais semelhantes à borracha obtidos a partir de produtos químicos são denominados borracha sintética. As pesquisas para criar um substituto para a borracha natural tiveram início nas primeiras décadas do séc. XX, em virtude dos altos preços e do temor de desabastecimento desse produto.

     A primeira borracha sintética surgiu na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Era um polímero de dimetil butadieno (C4H6), muito inferior à borracha natural. Entre 1930 e 1935, os alemães produziram várias borrachas sintéticas de boa qualidade.

Quando estourou a Segunda Guerra Mundial, em 1939, a Alemanha já fabricava dois tipos principais de borracha sintética: buna S, feita de butadieno (um gás) e estireno (um líquido feito de alcatrão de hulha e petróleo); e buna N, feita de butadieno e acrilonitrila (um líquido obtido a partir do acetileno e do ácido cianídrico).



     Antes de 1939, os norte-americanos produziam pequenas quantidades de vários tipos de borracha sintética.

    Quando os japoneses ocuparam as regiões produtoras de borracha natural do Extremo Oriente, em 1942, e cortaram o fornecimento dessa matéria-prima, os EUA desenvolveram uma grande indústria de borracha sintética praticamente da noite para o dia.

    Após a Segunda Guerra Mundial, a produção de borracha sintética expandiu-se para outros países, substituindo a borracha natural. 

PRESIDENTE EM 1939

     Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo. 


Revolução de 1930 e entrada no poder 
    Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com   poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.

   Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.


Realizações
   Vargas criou a  Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas. 

    GV investiu muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.


O Segundo Mandato
    Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do " Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás. 

O suicídio de Vargas
    Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida para entrar na História."  Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.

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