quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Monitoramento ambiental


Neste século, se fizéssemos um balanço do cenário de ações ambientais nele desencadeadas, concluiríamos que houve uma mudança radical na especialização de técnicas e metodologias de avaliação, controle e monitoramento ambiental. Em junho de 1906, por exemplo, data da Primeira Convenção de Inspetores de Fumaça em Michigan - Detroit, a preocupação na área da poluição do ar era o incômodo causado pelas sujeiras nas roupas dos varais das residências próximas às estações ferroviárias, devido às fagulhas de carvão das locomotivas.
Essa preocupação mudou nos nossos dias para preocupações muito mais exatas e precisas. Ou seja, danos à camada de ozônio, a centenas de quilômetros da terra, ou estudos de riscos ambientais, já não ligados a espetáculos “pirotécnicos” de grandes explosões ou vazamentos de produtos tóxicos para o meio ambiente, mas ligados aos possíveis efeitos de baixíssimas concentrações, por longo tempo de exposição para as grandes massas populacionais, de compostos tipo orgânicos voláteis-reativos, dioxinas ou os “AOX” (“compostos orgânicos halogenados”) em concentrações não mais em parte por milhões, mas agora de parte por quatrilhões (ppq) em cursos d’água.
Uma outra grande mudança de enfoque foi o fato de que, a partir de agora, o preço de alguns bens naturais, antes chamados de inquantificáveis, passou a ser quantificável através de curadorias de meio ambiente ou similares para cada país, como por exemplo, a beleza de uma cachoeira, a visão de um cenário da Mata Atlântica ou a manutenção de uma única espécie rara de um “mico-leão-dourado”

Nenhum comentário:

Postar um comentário