quarta-feira, 5 de outubro de 2011

EM BUSCA DA TERRA:


Colonização e exploração de madeiras no 
Oeste Catarinense 1912

Ao longo dos anos, a historiografia regional do sul do Brasil tem recebido contribuições 
importantíssimas acerca de temas de interesses locais. Foram pesquisados assuntos
diversos, envolvendo comunidades como a italiana, a alemã e a polonesa, que encontraram 
nos estados meridionais a possibilidade de serem proprietários de terra e de acumular 
capital. Esses estudos trouxeram igualmente contribuições importantes sobre as
comunidades cabocla e nativa, grupos que ocuparam pioneiramente as terras sulinas e que 
foram ignoradas pela historiografia tradicional. A região Oeste de Santa Catarina foi
historicamente ocupada por remanescentes de nativos e  caboclos.  A efetiva colonização 
feita por descendentes de imigrantes europeus deu-se somente a partir do final da Guerra 
do Contestado, ocorrida de 1912-16. Esse acontecimento de ordem econômico-políticosocial estabeleceu nessas terras, colonos-camponeses vindos especialmente das colônias 
rio-grandenses. Uma das primeiras atividades econômicas dos colonos camponeses foi a 
exploração da madeira, abundante na região do Alto Uruguai. A possibilidade de obtenção 
de capital, conseguido com a venda das toras e o conseqüente  investimento na nova 
propriedade, foi um dos atrativos aos descendentes de imigrantes do Rio Grande do Sul 
que migraram para o Oeste catarinense.

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