Governo vigente (Presidente da República) - Castelo Branco
Quem era responsável por estas questões era a Comissão
de Desenvolvimento Industrial criada por Getúlio Vargas e o Grupo Executivo da
Indústria Automobilística (GEIA)
Desde os anos 20, a
importação de automóveis era uma rotina bastante conhecida. Algumas empresas
passaram a ter montagens de seus carros no Brasil. Em 1946, a montagem dos
carros importados voltou a rotina, mas a necessidade de improvisar peças de
reposição durante a guerra, fez surgir algumas autopeças, que encorajaram
aqueles que já queriam desenvolver um automóvel nacional.
Em meados da década
de 60, algumas das principais montadoras brasileiras aproveitando os incentivos
fiscais oferecidos pelo governo dentro de um programa que visava incrementar as
vendas no setor automobilístico, do qual estava parada e lotava os pátios das
fábricas com veículos novos, mas sem compradores, lançaram modelos populares
que foram vendidos a preços bem menores aos dos modelos tradicionais e
financiados em até 4 anos pela Caixa Econômica Federal a juros convidativos, e
adotando também a isenção (desobrigação) progressiva do percentual do antigo
Imposto de Consumo (atual IPI), aplicado ao valor das prestações. A idéia
visava, além de aumentar as vendas, possibilitar o acesso a veículos novos para
compradores de baixa renda, taxistas e também para o uso pela população rural
do país.
Quatro das principais
montadoras da época, sem perder tempo e fizeram de tudo para diminuir os preços,
colocando no mercado, pouco depois, seus modelos populares que nada mais eram
do que os modelos tradicionais, despidos de todo e qualquer item supérfluo
(desnecessário), ou seja, o carro era o mais simples possível, literalmente. A
mecânica padrão não foi alterada em nenhum modelo.
- Vários modelos tinham
todos os acessórios pintados, sem nada cromado, não possuíam indicador de nível
de combustível, espaço para instalação de rádio, luz interna, carpete, sinaleiras
dianteiras, esguicho lavador de pára-brisa, pára-sóis, sistema de aquecimento
interno, calotas, cinzeiro, tampa do porta-luvas, sinaleiras, trava de
direção, os bancos eram forrados com material plástico, os pára-choques eram de
lâminas simples de aço estampado, sem as garras, e pintados, o tapete de
borracha era duro, sem emendas. Alguns com a forração das portas e teto em
aglomerado de papelão.
A idéia dos
automóveis populares naquela época parecia que tinha tudo para dar certo, devido
ao baixo preço em comparação a outros, no entanto a procura foi muito abaixo do
que esperado, abaixo das mínimas de venda, talvez devido ao nível de conforto que
era bem menor do que os compradores já estavam acostumados. Alguns desses
modelos logo pararam de ser produzidos.
Volkswagen
Pé-de-Boi 1966:
Willys Teimoso:
1964-
Em 1964 aconteceu o
renascimento de um dos carros mais belos já feitos no Brasil, por sinal, criado
por um estilista italiano: Fissore. Este carro se antecipou ao que seria a
linha dominante cerca de cinco anos depois. Ironicamente, nessa época o
Vemag-Fissore já havia deixado de ser produzido, em razão da sua fábrica ter
sido absorvida pela VW. O motor era fraco, mas sua potência havia aumentado.
Na década de 60
também aconteceu também a produção de carros esportivos de competição. Veículos
fora-de-série, carros esportivos e especiais, artesanalmente produzidos.
Curiosidade
- Na visão de alguns, o Brasil nunca seria um país industrial, devido ao fato
de que os países subdesenvolvidos apenas forneciam matéria-prima e, os
desenvolvidos cuidando de fornecer produtos industrializados.
Por Thainá Paz.
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