MONITORAMENTO AMBIENTAL
Sal, água e energia elétrica: a indústria do cloro
Enquanto
a Cosipa estava começando a construir sua usina em Piaçagüera, uma nova
indústria resolve se implantar em Cubatão: a Carbocloro S/A -
Indústrias Químicas. Os primeiros passos da empresa devem-se a uma só
pessoa: José Ignácio de Mesquita Sampaio. Desde 1939 envolvido com a
indústria química, fundou, em 1949, a Química Industrial Medicinalis
S/A. Esta empresa adquiriu um terreno numa cidade que a todos chamava a
atenção naqueles anos cinqüenta: Cubatão, mais precisamente à margem
esquerda do Rio Perequê, bem próximo à Alba.
Uma das maiores tragédias de Cubatão, senão a maior, foi o incêndio de um oleoduto da Petrobrás que passava sob uma favela, Vila Socó, destruída pelas chamas com a morte de cerca de uma centena de pessoas, em 24/2/1984. Duas décadas após, o jornal santista A Tribuna lembrou o episódio, em matéria publicada no dia 22 de fevereiro de 2004:
Ocorrido
na noite de 24 de fevereiro de 1984, por volta das 23h30, um sábado que
antecedeu ao Carnaval, o incêndio da Vila Socó mudou a história de
Cubatão: o duto de gasolina que atravessava a favela explodiu. Na
madrugada do domingo, enquanto inocentes foliões se divertiam nos bailes
pré-carnavalescos dos clubes da região, 99 pessoas morriam na Vila,
segundo registros oficiais.
Ambientalistas e dirigentes da Sociedade de Melhoramentos da Vila São José
promovem na próxima terça-feira, às 10 horas, no ponto onde o fogo
começou, ato simbólico denominado "Cubatão tem memória", em homenagem
aos mortos.
A tragédia voltou
os olhos do planeta para Cubatão e colocou a nu outro problema: a
poluição industrial que, desde a década de 70, deu à Cidade o apelido de
"Vale da Morte".
Impressionado
com o incêndio, o então governador Franco Montoro mandou a Cetesb
implantar um programa de redução dos poluentes que custou US$ 1 bilhão
às indústrias e tornou Cubatão exemplo de controle ambiental.Vinte anos depois, políticos e organizações ambientais ainda não estão convencidos sobre quantas pessoas morreram, de fato, no incêndio que começou no duto enferrujado da Petrobrás, por onde vazaram 700 mil litros de gasolina, transformando o mangue num lençol onde boiava o líquido inflamavel.
BENS DE CONSUMO
A Química da Borracha
Na borracha natural,
milhares de minúsculas moléculas de isopreno ligam-se para formar uma
molécula gigante em forma de cadeia. Os químicos chamam essas moléculas
em cadeia de polímeros, o que quer dizer muitas partes. As moléculas
simples, como a de isopreno, são chamadas de monômeros.
A
estrutura particular do polímero da borracha em forma de cadeia explica
por que esta substância é elástica. As moléculas do polímero de uma
borracha não esticada permanecem dobradas sobre si mesmas, como molas
irregulares. Ao esticar-se a borracha, as moléculas distendem-se. Ao
soltar-se a borracha, a cadeia de moléculas volta à posição anterior.
O
enxofre estabelece ligações cruzadas entre as cadeias da borracha,
dando-lhe elasticidade. Na borracha não-vulcanizada, as cadeias podem
mover-se. Por essa razão, essa borracha não tem elasticidade. Durante a
vulcanização, obtida com a introdução de átomos de enxofre na cadeia do
polímero natural, as linhas cruzadas ligam as cadeias entre si, de forma
que elas não podem mais passar de um lugar para outro. Isso dá
elasticidade e resistência ao produto vulcanizado. O número de ligações
aumenta de acordo com a quantidade de enxofre adicionada ao composto.
Com grandes quantidades, a borracha torna-se mais rija e menos elástica,
até transformar-se em borracha dura.
Borracha Sintética
Os materiais semelhantes à borracha obtidos a partir de produtos químicos são denominados borracha sintética. As pesquisas para criar um substituto para a borracha natural tiveram início nas primeiras décadas do séc. XX, em virtude dos altos preços e do temor de desabastecimento desse produto.
A primeira borracha sintética
surgiu na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Era um polímero
de dimetil butadieno (C4H6), muito inferior à borracha natural. Entre
1930 e 1935, os alemães produziram várias borrachas sintéticas de boa
qualidade.
Quando estourou a Segunda Guerra Mundial, em 1939, a Alemanha já fabricava dois tipos principais de borracha sintética:
buna S, feita de butadieno (um gás) e estireno (um líquido feito de
alcatrão de hulha e petróleo); e buna N, feita de butadieno e
acrilonitrila (um líquido obtido a partir do acetileno e do ácido
cianídrico).
Antes de 1939, os norte-americanos produziam pequenas quantidades de vários tipos de borracha sintética.
Quando
os japoneses ocuparam as regiões produtoras de borracha natural do
Extremo Oriente, em 1942, e cortaram o fornecimento dessa matéria-prima,
os EUA desenvolveram uma grande indústria de borracha sintética praticamente da noite para o dia.
Após a Segunda Guerra Mundial, a produção de borracha sintética expandiu-se para outros países, substituindo a borracha natural.
PRESIDENTE EM 1939
Getúlio
Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e
faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente
que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente
do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e
1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Revolução de 1930 e entrada no poder
Getúlio
Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que
derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo
seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu
governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso
Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes
ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e
controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para
controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Perseguiu
opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou
Olga Benário , esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o
governo nazista.
Realizações
Vargas
criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a
Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos
trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional,
semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu
muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica
Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do
São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe
militar.
O Segundo Mandato
Em
1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste
governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do "
Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás.
O suicídio de Vargas
Em
agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no
peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a
história : "Deixo a vida para entrar na História." Até hoje o suicídio
de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de
governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e
dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que
gerava muito descontentamento entre a população.
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