Neste século, se fizéssemos um balanço do cenário de ações
ambientais nele desencadeadas, concluiríamos que houve uma mudança radical na especialização
de técnicas e metodologias de avaliação, controle e monitoramento ambiental. Em
junho de 1906, por exemplo, data da Primeira Convenção de Inspetores de Fumaça
em Michigan - Detroit, a preocupação na área da poluição do ar era o incômodo
causado pelas sujeiras nas roupas dos varais das residências próximas às
estações ferroviárias, devido às fagulhas de carvão das locomotivas.
Essa
preocupação mudou nos nossos dias para preocupações muito mais exatas e
precisas. Ou seja, danos à camada de ozônio, a centenas de quilômetros da
terra, ou estudos de riscos ambientais, já não ligados a espetáculos “pirotécnicos”
de grandes explosões ou vazamentos de produtos tóxicos para o meio ambiente,
mas ligados aos possíveis efeitos de baixíssimas concentrações, por longo tempo
de exposição para as grandes massas populacionais, de compostos tipo orgânicos
voláteis-reativos, dioxinas ou os “AOX” (“compostos orgânicos halogenados”) em
concentrações não mais em parte por milhões, mas agora de parte por quatrilhões
(ppq) em cursos d’água.
Uma
outra grande mudança de enfoque foi o fato de que, a partir de agora, o preço
de alguns bens naturais, antes chamados de inquantificáveis, passou a ser
quantificável através de curadorias de meio ambiente ou similares para cada
país, como por exemplo, a beleza de uma cachoeira, a visão de um cenário da
Mata Atlântica ou a manutenção de uma única espécie rara de um “mico-leão-dourado”
Nenhum comentário:
Postar um comentário