Colonização e exploração de madeiras no
Oeste Catarinense 1912
Ao longo dos anos, a historiografia regional do sul do Brasil tem recebido contribuições
importantíssimas acerca de temas de interesses locais. Foram pesquisados assuntos
diversos, envolvendo comunidades como a italiana, a alemã e a polonesa, que encontraram
nos estados meridionais a possibilidade de serem proprietários de terra e de acumular
capital. Esses estudos trouxeram igualmente contribuições importantes sobre as
comunidades cabocla e nativa, grupos que ocuparam pioneiramente as terras sulinas e que
foram ignoradas pela historiografia tradicional. A região Oeste de Santa Catarina foi
historicamente ocupada por remanescentes de nativos e caboclos. A efetiva colonização
feita por descendentes de imigrantes europeus deu-se somente a partir do final da Guerra
do Contestado, ocorrida de 1912-16. Esse acontecimento de ordem econômico-políticosocial estabeleceu nessas terras, colonos-camponeses vindos especialmente das colônias
rio-grandenses. Uma das primeiras atividades econômicas dos colonos camponeses foi a
exploração da madeira, abundante na região do Alto Uruguai. A possibilidade de obtenção
de capital, conseguido com a venda das toras e o conseqüente investimento na nova
propriedade, foi um dos atrativos aos descendentes de imigrantes do Rio Grande do Sul
que migraram para o Oeste catarinense.
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