O presidente de 1922 foi Artur Bernardes
Modernismo no Brasil
O modernismo no Brasil
tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo , no ano de
1922, considerada um divisor de águas na história da cultura brasileira. O
evento - organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do
Centenário da Independência - declara o rompimento com o tradicionalismo
cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o
parnasianismo, o simbolismo e a arte academica. A defesa de um novo ponto de
vista estético e o compromisso com a independência cultural do país fazem do
modernismo sinônimo de "estilo novo", diretamente associado à
produção realizada sob a influência de 1922. Heitor Villa-Lobos na música;
Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na literatura; Victor Brecheret, na
escultura; Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura, são alguns dos
participantes da Semana, realçando sua abrangência e heterogeneidade. Os
estudiosos tendem a considerar o período de 1922 a 1930, como a fase em
que se evidencia um compromisso primeiro dos artistas com a renovação estética,
beneficiada pelo contato estreito com as vanguardas européias (cubismo,
futurismo, surrealismo etc.). Tal esforço de redefinição da linguagem artística
se articula a um forte interesse pelas questões nacionais, que ganham acento
destacado a partir da década de 1930, quando os ideais de 1922 se difundem e se
normalizam. Ainda que o modernismo no Brasil deva ser pensado a partir de suas
expressões múltiplas - no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco etc. - a
Semana de Arte Moderna é um fenômeno eminentemente urbano e paulista, conectado
ao crescimento de São Paulo na década de 1920, à industrialização, à migração
maciça de estrangeiros e à urbanização.
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