Até a metade da década de 90, o exagero dos anos
anteriores ainda influenciou a moda. Foram lançados, por exemplo, os jeans
coloridos e as blusas segunda-pele, que colocaram a lingerie em evidência. Isso
alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, como novos
materiais e cores. Essa é uma década
marcada pela diversidade de estilos que convivem harmoniosamente. A moda seguiu
cada uma dessas tendências, produzindo peças para cada tipo de consumidor e para
todas as ocasiões. Entretanto, vale à pena ressaltar o Grunge, que impulsionado
pelo rock, influenciou a moda e o comportamento dos adolescentes com seu estilo
despojado de calças/ bermudões largos e camisas xadrez da região de Seattle,
berço destes músicos. A camisa xadrez, aliás, foram uma verdadeira coqueluche
presente mesmo nos armários dos rapazes mais tradicionais, os mauricinhos.
Nesse século que viu passar guerras, modismos, ápices, quedas e crises, surgiu
uma consciência de se resguardar para o futuro. A preocupação ecológica ganhou
status e fez com que países e populações conscientes (como aconteceu na
Alemanha) exigissem mudanças por parte dos governos e fabricantes de bens de
consumo. É bem lembrada a atitude do Príncipe Charles que proibiu sua então
mulher, Diana, de usar laquês para cabelo que contivessem CFC. As propagandas
passaram a agregar esses valores a seus produtos, de forma a atingir os
consumidores que buscavam muito mais do que preços e novidades. Na segunda
metade da década, a moda passou a buscar referências nas décadas anteriores,
fazendo releituras dos anos 60 (cores claras, tiaras) e em seguida dos 70
(plataformas em tamancos e modelos fechados, geralmente desproporcionais), tudo
mesclado a modismos dos anos correntes.
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